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Jogo responsável pós-regulamentação: exigências e mudanças para operadoras

27 de December de 2024

A recente sanção da Lei 14.790/2023, popularmente conhecida como a Lei das Bets, representa um marco significativo para o setor de apostas no Brasil.

 

Esta legislação estabelece novas diretrizes que exigem das operadoras a implementação de políticas de Jogo Responsável, com o objetivo de criar um ambiente seguro e ético para os apostadores.

 

Neste artigo, exploraremos como as empresas podem alinhar suas práticas às regulamentações brasileiras e os benefícios dessa abordagem, com foco especial na Portaria SPA/MF nº 1.231, de 31 de julho de 2024, que detalha obrigações específicas relacionadas à promoção do Jogo Responsável no país.

 

O que é o Jogo Responsável?

O conceito de Jogo Responsável envolve práticas que garantem que as apostas sejam um entretenimento seguro, prevenindo danos aos apostadores e à sociedade. Com a atualização regulatória da Portaria SPA/MF nº 1.231, de 31 de julho de 2024, as operadoras têm deveres claros para assegurar a proteção dos usuários.

 

Principais pontos da Portaria no Capítulo II – Dos Deveres do Agente Operador para Garantia do Jogo Responsável:

  • Estruturação diligente do sistema de apostas para respeitar o jogo responsável, prevenir dependência e evitar apostas por menores de idade.
  • Promoção de campanhas educativas tanto para o público em geral quanto para grupos de risco, alertando sobre dependência e transtornos relacionados ao jogo.
  • Comunicação sistemática com apostadores, com alertas sobre riscos, prevenção e alternativas de tratamento.
  • Política de jogo responsável clara, refletindo fielmente o funcionamento real da plataforma.

 

No que tange às funcionalidades obrigatórias do sistema de apostas:

  • Informar os riscos ao apostador no cadastro e durante o uso, além do retorno teórico dos jogos.
  • Disponibilizar mecanismos para o apostador gerenciar limites (depósitos, apostas, tempo de jogo), pausas e auto exclusão temporária ou definitiva.
  • Monitorar o comportamento dos apostadores para identificar riscos elevados e sugerir medidas preventivas, podendo suspender temporariamente o acesso quando necessário.
  • Manter seção dedicada a jogo responsável com orientações, questionários de autoavaliação, sinais de alerta e informações sobre proteção e canais de ajuda.
  • Garantir transparência com dados claros sobre tempo de uso, perdas e saldo financeiro.
  • Fornecer canais de atendimento e ouvidoria online e, no caso de operações físicas, também presencialmente, assegurando fácil acesso a suporte e informações.

 

Além disso, a portaria proíbe práticas que dificultem a escolha livre do apostador pelos mecanismos de proteção e estabelece prazos mínimos para alterações em limites e reativações após autoexclusão.

 

Também impõe restrições rigorosas para impedir o cadastro e uso da plataforma por menores de 18 anos, pessoas ligadas à operação do sistema, agentes públicos reguladores, pessoas com influência direta em resultados esportivos, diagnosticados com ludopatia, entre outros.

 

Por fim, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda poderá promover campanhas educativas em parceria com agentes operadores, que são obrigados a colaborar. 

 

A importância da conformidade com as regulamentações

Com a entrada em vigor da regulamentação em 1º de janeiro de 2025, as empresas precisam se preparar para atender às novas exigências, como: 

  • Cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): garantir a segurança dos dados pessoais dos apostadores;
  • Classificação de risco: realizar uma avaliação do risco dos apostadores e comunicar operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF);
  • Suspensão de apostadores em risco: estabelecer políticas claras para suspender apostadores identificados como em risco de dependência.

 

Os benefícios das políticas de jogo responsável 

A implementação eficaz das políticas de Jogo Responsável não apenas atende às exigências legais, mas também traz diversos benefícios:

  • Aumento da confiança do consumidor: os apostadores tendem a confiar mais em plataformas que demonstram compromisso com práticas responsáveis;
  • Sustentabilidade do mercado: um ambiente seguro e ético contribui para a saúde econômica do setor, atraindo mais usuários e aumentando a arrecadação tributária;
  • Proteção da reputação: empresas que investem em Jogo Responsável podem evitar multas severas e danos à sua imagem, garantindo sua longevidade no mercado.

 

A implementação de políticas eficazes de Jogo Responsável é essencial para o sucesso das operadoras no Brasil. 

 

Além de cumprir com as regulamentações vigentes, essas práticas promovem um ambiente seguro para os apostadores e fortalecem a integridade do setor.

 

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